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Nós sempre teremos Paris

Nós sempre teremos Paris

A frase, como se sabe, é do inesquecível diálogo entre Rick e Ilsa, em Casablanca: “E quanto a nós?”, ela pergunta na despedida. “Nós sempre teremos Paris”, é a reposta infinita dele. Infinita como é Paris, essa cidade que não tem fim, como disse Vila Matas. Lembro de certa vez ter lido uma matéria na qual tentava-se investigar por que Paris era tão fascinante. Entre as tantas explicações, alguém disse que era porque todo mundo vai a Paris esperando encontrar ou viver algo maravilhoso e, naturalmente, num lugar onde todo mundo chega com a expectativa de encontrar ou viver algo maravilhoso, o maravilhoso acontece.

Não foi diferente com a Nós. Ano passado quando lá estivemos para estrear nossa casa editorial, desembarcamos levando nas malas nossos dois primeiros livros (Eu Sou Favela e Apocalipse Nau) e muita ansiedade e expectativa de que algo fora do comum pudesse nos acontecer. Paris, generosa, nos retribuiu mais do que merecíamos. É como se desde então, o farol da torre de tempos em tempos iluminasse a nossa curta história. A cada alegria iluminada que a Nós tem – e têm sido muitas – é como se o farol da torre tivesse dado a volta completa e o feixe de luz recaísse de novo de novo e de novo sobre Nós.

Daqui a poucos dias estamos voltando a Paris. Nossas malas vão mais cheias. Temos mais livros e também mais esperanças para levar. Participaremos outra vez da Primavera Literária Brasileira – três dos nossos autores são convidados do evento. Faremos lançamentos do João Guilhoto (O Livro das Aproximações) e do Felipe Franco Munhoz (Mentiras) e mostraremos uma prévia do livro de estréia na literatura adulta do Roberto Parmeggiani (Pareço Comigo Mesmo). Já seria muito, mas tem mais.

Lançaremos durante o Salão do Livro e na Embaixada do Brasil, a antologia Olhar Paris, organizada pelo Leonardo Tônus. Um sonho que nasceu lá, num dos cafés ou nos corredores da Sorbonne. O mais delicioso é que ao lançar Olhar Paris, levamos conosco para lá muito mais gente: Alexandre Staut, Alexandre Vidal Porto, Andrea Nunes, Caio Yurgel, Camila Gonzatto, Eunice Guttman, Ieda de Oliveira, Lobo, Lúcia Bettancourt, Luciana Hidalgo, Marcelino Freire, Marcílio França Castro, Marília Garcia, Mário Araújo, Natália Borges, Roberto Parmeggiani, Rodrigo Ciríaco, Sérgio Roveri, Sérgio Rodrigues e Susana Fuentes.

Além dos autores dos textos, “levaremos conosco” o Guazzelli, que não estará, mas estará, presente no belíssimo caderno de ilustrações de Paris que acompanha os textos. Nossa alegria, portanto, não tem fim. Como Paris e tudo o que ela engendra de extraordinário e inesquecível.

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Eu ainda precisaria falar aqui sobre Berlim, porque esse ano Berlim também está no nosso mapa, uma vez que a Primavera Literária Brasileira se estende à cidade também e Nós estaremos lá. Mas como cada amor é um amor (e Berlim é meu outro amor) deixo para falar dela depois. Por enquanto, fiquemos em Paris.